Com a chegada da estação mais quente do ano, é preciso redobrar os cuidados com a pele. A exposição solar sem proteção e para os horizontes recomendados é uma causa principal de câncer de pele não-melanoma, mais comum na população brasileira. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ele corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país.

O câncer de pele é o tipo com mais baixa mortalidade e altos índices de cura, podendo chegar a 90%, se diagnosticado precocemente e com um tratamento adequado. Outra boa notícia é que a adoção de medidas simples de proteção solar no dia a dia e o acompanhamento médico regular ajudam a prevenir o câncer de pele.

Confira como se prevenir:

1. Horários recomendados para a exposição ao sol

Deve ser antes das 10h e depois das 16h. Fora de tais períodos, uma radiação solar é muito perigosa, pois favorece o envelhecimento precoce e aumenta os riscos de desenvolvimento de câncer de pele. Com o banho de sol nos horários recomendados é possível garantir ainda boa absorção de vitamina D, que fortalece os ossos.

2. Cuidados na praia ou piscina

Na praia, na piscina ou em qualquer outro local onde haja um ponto de exposição, a proteção solar é sempre a melhor opção. Por isso, use sempre bonés, roupas com proteção UV e guarda-sol (de algodão ou lona, evitando barracas de nylon). É essencial o uso de filtro solar com fator mínimo de FPS 30 contra radiação UVA e UVB, no corpo e nos lábios. Os protetores ajudam a bloquear a ação dos raios solares. Repassar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre é o ideal. Também é importante a utilização de óculos escuros com filtro ultravioleta para prevenir lesões oculares.

3. Profissionais que trabalham ao ar livre

Os tumores de pele estão relacionados, principalmente, a exposição aos raios ultravioletas do sol. Pessoas que trabalham sob o sol são mais vulneráveis ao câncer de pele não-melanoma. Além dos cuidados básicos de proteção, o trabalhador deve usar camisas de manga longa e calças compridas e procurar abrigo na sombra. O protetor solar deve ser repassado na frequência indicada pelo profissional de saúde. Essas orientações também são válidas para quem pratica exercícios físicos ao ar livre.

Sintomas que podem indicar o câncer de pele:

Importante destacar o chamado “ABCD” da transformação de uma pinta em melanoma -Assimetria (uma metade diferente da outra) / Bordas irregulares (contorno mal definido) / Cor variável (várias cores em uma mesma lesão) / Diâmetro (maior do que seis milímetros). Caso perceba algum desses sintomas em você ou em alguém da sua família, procure um profissional de saúde o mais rápido possível. O diagnóstico precoce é o melhor aliado no tratamento da doença, sendo assim, é fundamental o acompanhamento médico periódico.

Grupos de risco:

O câncer de pele se manifesta, na maioria dos casos, em pessoas com mais de 40 anos, de pele clara, olhos azuis ou verdes, cabelos loiros ou ruivos, pessoas albinas, histórico de câncer de pele na família. Geralmente aparecem na forma de Feridas, nódulos ou pintas em qualquer parte do corpo. A doença é relativamente rara em crianças e pessoas de negra.

Os riscos do bronzeamento artificial:

As câmaras de bronzeamento artificial trazem riscos para a saúde, e, em 2009, foram reclassificadas como agentes cancerígenos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), alcançando o mesmo patamar do cigarro e do sol. A prática de bronzeamento artificial antes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer de pele, além de acelerar o envelhecimento precoce e provocar outras dermatoses.

O ASSIM SAÚDE alerta: se notar algum desses sintomas na pele, não deixe de procurar a ajuda de um médico oncologista.